"Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que te gerou." Provérbios 23.25
Uma mulher foi renovar a sua carteira de motorista.
Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem
saber bem como se classificar.
- O que eu pergunto é se tem um trabalho, insistiu o funcionário.
-
Claro que tenho um trabalho, exclamou.
Sou mãe.
-
Nós não consideramos "mãe" um trabalho. Vou colocar
"Dona de casa", disse o
funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona da situação, perguntou:
-
Qual é a sua ocupação?
Não
sei o que me fez dizer isto, as palavras simplesmente saltaram-me da
boca para fora: - Sou Doutora em
Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então
reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no
questionário oficial.
- Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
- Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas).Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e, pessoalmente me abriu a porta.
- Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
- Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas).Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e, pessoalmente me abriu a porta.
Quando
cheguei a casa, com o título da minha carteira erguido, fui recebida
pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3anos.
Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz.
Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me
triunfante!
Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas:
Maternidade... que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas:
"Doutora-Sénior
em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
As bisavós:
As bisavós:
"Doutora- Executiva- Sénior".
E as tias:
"Doutora
- Assistente".
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas,companheiras.
Doutoras na Arte de fazer a vida melhor!
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas,companheiras.
Doutoras na Arte de fazer a vida melhor!
Desconheço
o Autor
Nenhum comentário:
Postar um comentário